05 maio 2010

"A Liga"

Engraçado... depois de algumas horas na rua, o que é normal pra gente? Pra onde é normal irmos? Pra casa, dar uma aliviada, esticar as pernas e tomar um bom banho...normal, uma rotina tão simples, mas vendo o novo programa da Band "A liga", me mostrou o quanto nós temos algumas coisas invisíveis a nossa volta, o quanto nós estamos “anestesiados” a certos absurdos.

Logo eu me coloco a pensar no que Jesus faria nesse caso, quantas vezes nós que dirigimos, mentimos no trânsito, quando algum pedinte vem, eu costumo dizer “o grande, vou ficar devendo...” e isso me pesa a consciência, é claro, temos opiniões adversas a “esmola”, tenho relatos de amigos que não dão porque já presenciaram frases sobre o que os pedintes fariam com o dinheiro, no último sábado eu dei uma saída, fui almoçar em uma padaria em Jundiaí-SP mesmo, entrando na padaria eu vi um carinha, não me pediu nada e tal, ok, almocei e a vida continuou. Indo pra união de jovens mais tarde, eu vi esse mesmo carinha, parado ali na frente do terminal Vila Arens no frio e de bermuda e só 1 tênis no pé e o outro pé descalço, eu dei dinheiro pra ele, de coração e de repente eu lancei dentro do carro pra Stella “não vai fazer falta pra mim, mas faz muita diferença pra ele” . E hoje, uma frase solta no meio do programa me espantou “eu não quero nada de vocês, eu sou uma pessoa que Deus mandou...” disse um senhor que chamou esses mendigos (um dos mendigos era o Rafinha Bastos – CQC) e cara, eu tenho certeza que se pudéssemos nós ajudaríamos essas pessoas de uma forma inimaginável. A nossa ingratidão às vezes acaba com tudo, aquele vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=Uj02FH7GKhg) que vimos nos jovens, será que não estamos pedindo demais? O que nós temos não nos basta? Acho que é chegado o momento de olharmos ao redor e ver tudo o que Deus tem feito e pedir sim, força e capacidade para saber como lidar com uma série de situações que nós ainda não fomos obrigados a bater de frente, afinal, as pessoas que estão nas ruas continuam sendo pessoas, tendo sonhos, planos, é tudo igual, só que nós temos estrutura, o que pra nós é absolutamente normal, pra eles é um grande sonho. Precisamos pedir pra Deus nos dar mais sensibilidade pra lidar com essa situação e que nós não sejamos mais uma pessoa anestesiada em meio a multidão. Devemos agradecer o que Deus nos dá, nos sustenta.

Que Deus nos separe em meio à multidão e nos dê a capacidade de fazer diferença, porque de pessoais iguais, o inferno deve estar cheio.


Ricardinho


REVOLUTION

5 comentários:

Felipe Galli disse...

Boa, mano! Isso aí

Nani disse...

....é o q me tem incomodado nesses dias!!!!isso aí mesmo!!!

nilo disse...

Pois é. O que incomoda todos nós!
Mas agente tem que agir, e não só falar.

Pr.Clésio disse...

Se nos incomoda, certamente precisamos pensar em algumas coisas objetivas: 1º O que podemos fazer de concreto, em grupo e individualmente? 2º O quanto oramos por essas pessoas? 3º Como podemos compartilhar a Palavra de Deus com eles?
Creio que é um tema muito interessante para conversarmos e transformamos tudo isso em ações práticas!

nilo disse...

Também acho.