21 novembro 2011

Esta Consumado

Eu te glorificarei na terra, completando a obra que me deste para fazer. João 17:4


A morte de Jesus Cristo é a concretização da mente de Deus, no seu devido tempo e espaço. Não há lugar para o conceito de que Jesus Cristo teria sido um mártir; a Sua morte não foi um acidente que poderia ter sido evitado; foi a própria razão da sua vinda à terra.
Quando se achar a pregar sobre o perdão que há em Deus, nunca use o argumento de que Deus é nosso Pai e nos perdoará porque nos ama como Pai. Isso não corresponde à revelação que Jesus Cristo faz de Deus; torna a cruz desnecessária e a redenção fica mais parecendo "muito barulho para pouco efeito". Se Deus ainda perdoa o pecado, é por causa da morte de Cristo. E ele não poderia perdoar aos homens de nenhuma outra maneira, senão pela morte de seu Filho; e Jesus é exaltado para ser o Salvador por causa da sua morte também. "Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e de glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte." Heb.2:9. O mais alto brado da trombeta do todo triunfo que alguma vez soou aos ouvidos do universo foi o que ecoou na cruz pela boca de Cristo: "Tendo-o provado, Jesus disse: 'Está consumado!' Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito." João 19:30. Essa é a palavra-chave e final da redenção de todo o homem.
Qualquer coisa que diminua ou tenha como suprimir a santidade de Deus mediante uma concepção falsa de seu amor, não corresponde à revelação de Deus dada por Jesus Cristo em nós mesmos. Nunca admita a ideia de que Jesus Cristo se coloca ao nosso lado e, por compaixão, contra Deus; ou a de que ele se fez maldição em nosso lugar por ter pena de nós. Foi por decreto divino que Jesus Cristo se fez maldição por nós. A nossa parte, na compreensão do profundo significado dessa mesma maldição, é a convicção do pecado; a dádiva da vergonha e contrição nos é dada e oferecida - nisso consiste a grande misericórdia de Deus se correspondermos. Jesus Cristo odeia o mal no homem e o Calvário também nos mostra a medida desse ódio.

01 novembro 2011

A Prova da Fé.

Ele respondeu: "Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: 'Vá daqui para lá', e ele irá. Mateus 17:20


Nós achamos que Deus nos dá recompensas devido à nossa fé; até pode ser que seja assim enquanto somos novos na fé; mas, a função da fé não será conceder-nos recompensas por termos crido, mas, acima de tudo, levar-nos a um relacionamento correcto com Deus, dando-lhe espaço para operar dentro de nós livremente. Se você é filho de Deus, Deus tem que retirar de si, com alguma frequência, a sustentação causada por experiências anteriores para que possa apenas manter-se num contato direto e exclusivo com Ele. Deus quer que entendamos que a vida de fé evangélica é uma vida e não uma forma de sentimentalismo emotivo e de gozo gratificante a nível de emoções por causa daquelas bênçãos que recebemos dele. No início, a nossa fé era pequena e intensa, estabelecida e sedimentada à volta de um pequeno ponto luminoso naquela experiência que menosprezava tanto o bom senso quanto a fé realista e real e era cheia de luz e de beleza; então, Deus retirou de nós suas bênçãos conscientes com o intuito de nos ensinar a caminhar só "pela fé", 2 Co 5:7 - Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.

Temos agora mais valor para ele do que nos tempos remotos daquelas alegrias conscientes de testemunhos elucidativos e plenos de emoção.
A própria natureza da fé que é real exige que ela seja provada para deixar de ser fingida e emocional; não porque achemos difícil confiar em Deus, mas, porque é necessário que tiremos da nossa mente todas as dúvidas em relação à fiabilidade e certeza de todo o carácter de Deus.
É essencial para o pleno desenvolvimento da fé que ela passe por períodos de isolamento em silêncio absoluto. Nunca confundamos as provas impostas à nossa fé com a disciplina comum da vida real; grande parte do que dizemos constituírem provas para a nossa fé não passa de um resultado consequente e inevitável de estarmos vivos aqui nesta terra. Crer na Bíblia é crer em Deus, apesar de tudo o que contradiz: é manter confiança no carácter absoluto e insolúvel de Deus, faça ele o que fizer. Um dos versículos mais conhecidos que temos é: "Ainda que ele me mate, nEle ainda confiarei", Jó 13:15. Essa é uma das mais sublimes declarações de fé que a Bíblia contém.

Oswald Chambers