Quando se achar a pregar sobre o perdão que há em Deus, nunca use o argumento de que Deus é nosso Pai e nos perdoará porque nos ama como Pai. Isso não corresponde à revelação que Jesus Cristo faz de Deus; torna a cruz desnecessária e a redenção fica mais parecendo "muito barulho para pouco efeito". Se Deus ainda perdoa o pecado, é por causa da morte de Cristo. E ele não poderia perdoar aos homens de nenhuma outra maneira, senão pela morte de seu Filho; e Jesus é exaltado para ser o Salvador por causa da sua morte também. "Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e de glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte." Heb.2:9. O mais alto brado da trombeta do todo triunfo que alguma vez soou aos ouvidos do universo foi o que ecoou na cruz pela boca de Cristo: "Tendo-o provado, Jesus disse: 'Está consumado!' Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito." João 19:30. Essa é a palavra-chave e final da redenção de todo o homem.
Qualquer coisa que diminua ou tenha como suprimir a santidade de Deus mediante uma concepção falsa de seu amor, não corresponde à revelação de Deus dada por Jesus Cristo em nós mesmos. Nunca admita a ideia de que Jesus Cristo se coloca ao nosso lado e, por compaixão, contra Deus; ou a de que ele se fez maldição em nosso lugar por ter pena de nós. Foi por decreto divino que Jesus Cristo se fez maldição por nós. A nossa parte, na compreensão do profundo significado dessa mesma maldição, é a convicção do pecado; a dádiva da vergonha e contrição nos é dada e oferecida - nisso consiste a grande misericórdia de Deus se correspondermos. Jesus Cristo odeia o mal no homem e o Calvário também nos mostra a medida desse ódio.
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